Idéia central

Como cada pessoa fará sua parte para ajudar o planeta?
A resposta é simples: cuidando corretamente de todo e qualquer resíduo gerado em suas atividades.ades.

paper.li

quarta-feira, 2 de março de 2011

País do conhecimento, potência ambiental (por Dilma Rousseff)


País do conhecimento, potência ambiental
(por Dilma Rousseff – publicado na Folha de São Paulo, 20/02/2011)

Há 90 anos, o Brasil era um país oligárquico, em que a questão social não tinha qualquer relevância aos olhos do poder público, que a tratava como questão de polícia.
O país vivia à sombra da herança histórica da escravidão, do preconceito contra a mulher e da exclusão social, o que limitou, por muitas décadas, seu pleno desenvolvimento.
Mesmo quando os grandes planos de desenvolvimento foram desenhados, a questão social continuou como apêndice e a educação não conquistou lugar estratégico.
Avançamos apenas nas décadas recentes, quando a sociedade decidiu firmar o social como prioridade.
Contudo, o Brasil ainda é um país contraditório. Persistem graves disparidades regionais e de renda. Setores pouco desenvolvidos coexistem com atividades econômicas caracterizadas por enorme sofisticação tecnológica. Mas os ganhos econômicos e sociais dos últimos anos estão permitindo uma renovada confiança no futuro.
Enorme janela de oportunidade se abre para o Brasil. Já não parece uma meta tão distante tornar-se um país economicamente rico e socialmente justo. Mas existem ainda gigantescos desafios pela frente. E o principal, na sociedade moderna, é o desafio da educação de qualidade, da democratização do conhecimento e do desenvolvimento com respeito ao meio ambiente.
Ao longo do século 21, todas as formas de distribuição do conhecimento serão ainda mais complexas e rápidas do que hoje.
Como a tecnologia irá modificar o espaço físico das escolas? Quais serão as ferramentas à disposição dos estudantes? Como será a relação professor-aluno? São questões sem respostas claras.
Tenho certeza, no entanto, de que a figura-chave será a do educador, o formador do cidadão da era do conhecimento.
Priorizar a educação implica consolidar valores universais de democracia, de liberdade e de tolerância, garantindo oportunidade para todos. Trata-se de uma construção social, de um pacto pelo futuro, em que o conhecimento é e será o fator decisivo.
Existe uma relação direta entre a capacidade de uma sociedade processar informações complexas e sua capacidade de produzir inovação e gerar riqueza, qualificando sua relação com as demais nações.
No presente e no futuro, a geração de riqueza não poderá ser pautada pela visão de curto prazo e pelo consumo desenfreado dos recursos naturais. O uso inteligente da água e das terras agriculturáveis, o respeito ao meio ambiente e o investimento em fontes de energia renováveis devem ser condições intrínsecas do nosso crescimento econômico. O desenvolvimento sustentável será um diferencial na relação do Brasil com o mundo.
Noventa anos atrás, erramos como governantes e falhamos como nação.
Estamos fazendo as escolhas certas: o Brasil combina a redução efetiva das desigualdades sociais com sua inserção como uma potência ambiental, econômica e cultural.
Um país capaz de escolher seu rumo e de construir seu futuro com o esforço e o talento de todos os seus cidadãos.


Posted: 01 Mar 2011 05:12 PM PST
Este post foi escrito por Diêgo Lôbo autor de 150 posts no E esse tal Meio Ambiente?.
Disponível em <http://essetalmeioambiente.com/?p=4652> Acesso em 02/03/11
Líderes mundiais reunidos durante o Rio 92
Acostumada a sediar importantes eventos, a cidade do Rio de Janeiro receberá em junho de 2012 a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável. Com o tema “Economia verde, desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza” e em comemoração aos 20 anos da Cúpula da Terra, também conhecida por Eco 92 ou Rio 92, em 1992, no próprio Rio de Janeiro, o evento ganha o nome de Rio+20 e é um dos eventos mais esperados para o ano que vem .
A Rio+20 tem como objetivo renovar o engajamento dos líderes mundiais com o desenvolvimento sustentável do nosso planeta, além de rever os progressos obtidos no cumprimento da Agenda 21 de crescimento econômico e desenvolvimento ambiental (todos estabelecidos na Rio 92). A Conferência suprirá algumas lacunas criadas com o crescimento desenfreado dos países afim de reafirmar o compromisso político dos Estados com a temática  de desenvolvimento sustentável.
Serão debatidos a contribuição da “economia verde” para o desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza, com foco na questão da estrutura de governança internacional nesse desenvolvimento, uma vez que sabemos que os recursos do planeta estão cada vez mais esgotados. Se nenhuma atitude for tomada a curto prazo e limites forem implantados a médio e longo prazo, poderá ocorrer um colapso natural.
Em tempos de extremos eventos climáticos, a Rio+20 tenta encontrar soluções para questões já conhecidas. Aliar o crescimento econômico mundial com o meio ambiente, empregar práticas sustentáveis em países que enfrentam crises econômicas e sociais, focando sempre no crescimento econômico sustentável e justo.
Atitudes precisam ser tomadas para que espécies da fauna não desapareçam completamente, para que os oceanos não expulsem pessoas de sua terra, para que a flora não seja exterminada e para que possamos ter uma vida melhor aproveitando o que a natureza nos proporciona.
Ainda, a Rio+20 vem para tentar amenizar o fiasco da COP-16 (em Cancun) e a COP-15 (em Copenhague) que não resultaram nada de concreto em relação problemas ambientais.